Fotografia da Profa. Luciana Ramírez Faría.

CIAR recebe visita de professora intercambista da Argentina

Profa. Luciana Ramírez Faría acompanhou por uma semana as atividades desenvolvidas pela unidade

Fotografia da Profa. Luciana Ramírez Faría.

Texto: Yanca Cristina - CIAR/UFG
Fotos: Gusthavo Crispim - CIAR/UFG

O CIAR recebeu, durante a primeira semana de julho, a visita da intercambista Luciana Ramírez Faría, professora e designer institucional da Universidad Nacional del Nordeste (UNNE). A ação ocorreu por intermédio da Associação de Universidades Grupo Montevidéu (AUGM), a qual promove mobilidades acadêmicas internacionais entre instituições de ensino da Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai. O intuito do programa é proporcionar aos participantes oportunidades para ampliar seus conhecimentos e viabilizar o contato direto com outras culturas.

A iniciativa surgiu ainda em 1991, para ampliar as redes de investigação científica e tecnológica, por meio da formação contínua, e desenvolver processos de inovação e recursos humanos. Conforme o relato de Luciana, o desejo em realizar o intercâmbio surgiu a partir de uma bolsa divulgada pela Secretaria de Relações Internacionais da UNNE, denominada como “Escala de Gestores e Administradores”. Após muitas pesquisas, a professora optou por embarcar rumo ao Brasil, mais especificamente, até Goiânia.

Portanto, a escolha foi concretizada em decorrência das similaridades entre as atividades desenvolvidas pelo CIAR e seu local de trabalho, o Sistema Nacional de Educação a Distância (SIED). O órgão é encarregado de promover, formar e acompanhar a gestão da EaD na universidade argentina há quase 25 anos. Luciana atua na unidade desde 2005. Com uma vasta formação, além de designer, ela é professora, especializada em Educação Universitária e com Mestrado em Comunicação. Atualmente, trabalha com a área de design de materiais didáticos, criação de identidade visual para cursos, atualização do site e das redes institucionais.

Importância da EaD

A Universidad Nacional del Nordeste é dividida pelo Rio Paraná, fato que impulsiona diretamente o ensino virtual. Segundo a intercambista, a divisa é o local que move os protestos sociais, como consequência, o acesso à ponte que interliga os dois polos da instituição é constantemente interrompido. Assim, o uso de recursos EaD e de novas tecnologias se tornaram um mecanismo de amparo educacional mediante a realidade local.

Luciana conta que a UNNE Virtual, atual SIED, foi criada para expandir o alcance da universidade ao interior das províncias e levar até os centros regionais, programas educativos, mais cursos e novas propostas de ensino. Inicialmente, a campanha promoveu a distribuição de materiais impressos, como livros e derivados. Agora, o foco é na utilização da internet e de ferramentas tecnológicas.

“O nosso objetivo é fazer com que os professores tenham independência para produzir as suas ofertas de aprendizagem. Nós temos a intenção de que sejam os próprios professores que autogestionem suas propostas de educação à distância”, ela declara.

Diferenças e aprendizados

Fotografia mostra Luciana Ramírez Faría acompanhada de um dos designers do CIAR, Renato Galhardo, na sala de Publicação.
Profa. Luciana Ramírez Faría acompanhada de um dos designers do CIAR, Renato Galhardo.

 

Embora existam semelhanças, ainda, sim, as diferenças são acentuadas. O serviço oferecido pelo SIED refere-se ao acompanhamento pedagógico, estratégico e de conteúdo. No CIAR, as possibilidades de criação são mais abrangentes. Enquanto um possui como foco principal o atendimento interno, o outro está acostumado a atender às demandas do público externo.

A disparidade mais evidente diz respeito à consolidação da EaD como um instrumento complementar na UNNE. “O Moodle é utilizado para acompanhar as atividades presenciais. Muitos professores usam a plataforma como complemento, para avaliações e conteúdos assíncronos”. A professora também destaca que cerca de 80% dos estudantes usam a plataforma com frequência.

Durante a sua estadia, Luciana documentou e registrou fotos do ambiente, enquanto foi apresentada a cada uma das áreas de atuação do CIAR. Para ela, a experiência foi muito produtiva, e o intercâmbio de conhecimento irá beneficiar as duas partes envolvidas. “O principal são as pessoas. Se elas não tivessem tido tempo para me explicar com tanta dedicação, eu não teria aprendido tudo que aprendi”, conclui.

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